quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


Veleiro de amar

Belo é meu navegar
Pelos mares dos amores
Nunca chego a aportar
Evitando dissabores

Sou caravela de amar
Homens de diversos sabores
Sempre pronta a conquistar
Cada sombra de seus temores

Manifesto meus ardores
Presos em grossos liames
De marinheiros amadores

Meu veleiro de flores
Desembarca muitos perfumes
De céus encantadores

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domingo, 25 de janeiro de 2009

RAIOS DE ENERGIA

Deusa xamânica
Mão que me guia
Transporta pelo céu
Raios de energia

Oração xamânica
Que faço todo dia
Eleva até o céu
Esperança sadia

Ancestralidade xamânica
Descoberta de alegria
Transcende meu céu
Reflete minha harmonia

Cura xamânica
Empreendo dia a dia
Declaro ao céu:
Acabou toda agonia!

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Expandir a consciência

Emendando fragmentos
Xis de questões intrincadas
Perturbo meu próprio sono
Analisando o certo e o errado
Nada construo assim
Dor de cabeça instalada
Invencível tormento
Ridículas interrogações

Amaldiçoo as madrugadas

Com os raios dourados
Oscilando na alvorada
Nuvens mentais dispersadas
Sonho quase acordada
Com soluções inventadas
Imaculadas idéias soprando
Êxtase descortinando
Na expansão da consciência
Clara de quem abriu uma janela
Inebriada da poesia do dia
Amanhecido sem os nós da razão

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sábado, 24 de janeiro de 2009


Leve desafio

tenho ganas de vencer o desafio
da existência divina e infinita
dá vontade de caminhar por um fio
com coragem branda e bendita

nos dias bons e gratificantes
da vida escola e correria
dá prazer conhecer almas brilhantes
companhias pra boa parceria

transcrevo vitórias objetivas
as perdas serviram, fugazes
para aprendizagens, sensitivas

beijo assim a vida miragem
luzes que me guiam, audazes
escorregando leve, planagem

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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

DENTRE BRUMAS

Sinto o cheiro verde
Das ervas que cultivei

Crio uma fragrância forte
Com as ervas que escolhi

Molho tua boca franca
Com as ervas que enfeiticei

Seduzo tua carne fraca
Com a poção que preparei

Provo minha própria força
Na magia que te envolveu!

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CHÁCARA DO SOSSEGO

Lá na chácara do sossego
Tem planta de quem planta
A saudade numa touceira

Deixa lá ao tempo e ao vento
Pra saudade florescer colorida
Trazendo nova vista
Ao sentimento que foi plantado

Na touceira da chácara do sossego
A vista é colorida
O cheiro é perfumado

É saudade renascida nas cores
Do entendimento desabrochado.
Eu sabia que era perfeito
Plantar saudade na chácara do sossego!

Pra minha mãe!

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009


RIO DA TRISTEZA

Rio da tristeza
Rio da beleza
Rio de mim
Rio de ti
Rio rio

Rio que flui
Tranquilo
Tristeza
Segue
e só

E deságua
solitariamente
nas profundezas
de um oceano azul...
bem distante de mim!

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Leve-me

Leve toque é aquele que acende displicente
A carícia que não pega nem larga
O toque de energia, imã que atrai

Toque leve a ternura, tempero ardente
Numa delícia que não é doce nem amarga
O suave energizar da língua que trai

Leve toque daquele amante indecente
O mesmo que não te cega
Perturba a vista sem colírio

Toque leve a doçura implicante
De quem não se entrega
Mas te toma num delírio

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A Versar

Vi
Meu reflexo
de ostra
do mar

Li
Meu destino
de fada
do ar

Abri
Minha concha
deixei a luz
entrar

Ajustei
Meus horizontes
Bebi novas
fontes

Encantei
Meus vestidos
Surgi a
Bailar

Soltei
Minha pérola
Venci a
versar

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Confronto


Todo dia me defronto
Com questões que me chamam
A repensar

A cada vez que confronto
O meu pensar, flores desabrocham
A festejar

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MAIS ALÉM

Além das nuvens
Há um sonho

Além do jardim
Há um sorriso

Além das cores
Tem mil sonhos

Além de mim
Tem mil sorrisos

Além de ti
Há um paraíso!

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terça-feira, 20 de janeiro de 2009



SEMEADORA

No caminho que percorro
Rua pavimentada com pedras
De nome comprido: paralelepípedo.
Flores crescem entre elas.

São sementes voadoras
Que ousaram cair entre pedras
De rua movimentada: trânsito.
Angelicais florescem belas.

Sonho em meu percurso
Em ser semente voadora
De missão imponente: semeadora!
Plantar sorrisos nas janelas!

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LONGE DO MEU AMOR


Como está?
Como andará?
O que está fazendo?
O que estará fazendo?


Em que está trabalhando?
Em que estará estudando?
Com quem conversa?
Com quem sonhará?


Há muito te espero.
Há muito te venero.
Como podes viver sem mim?
Se para sempre vives em mim...


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LUZ MAIOR

foi com grande honra e prazer
que seu toque recebi

bastante humilde e sem querer
subi seus degraus e vi

uma luz que tudo apreende
o espaço dentro e fora

domina a vastidão e compreende
o que me apavora

em tua paz desvaneci
entorpeceu-me o bem-querer

sagradas escrituras eu li
extasiada de puro alvorecer

sem vontade de ir embora
retrocedi no céu que surpreende

partilharei sem demora
o amor mais veemente!

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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009


ROSA VERMELHA

Rosa nome de cor
Ostenta sem pudor
Suas cores em amores
Altivos de rainha das flores

Vermelha cor vibrante
Enche olhos no instante
Refletido de uma visão
Milagrosa desatenção
Encantas num piscar
Leve veludo sem par
Honrada maciez num choque
Aliciando sem nenhum retoque

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GOLFINHO

Na fundamental leveza
Da água, seu habitat
Na doce gentileza
Do divino que há

Toda sua pureza
O golfinho transparece
Na perfeita natureza
Do amor que engrandece

Seus gestos e delicadeza
O homem pode imitar
Sua suave beleza
É exemplo a inspirar

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domingo, 18 de janeiro de 2009

SOMOS TODOS UM


De mãos dadas pelo mundo.
Mãos unidas em almas únicas.
Crianças somos todos!


Corações unos em corpos separados.
Amigos somos todos!


Corrente forte e rúnica.
Guerreiros somos todos!


Vibrações uníssonas
em tons compassados.
Transformadores somos todos!


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Mergulho na ousadia

Construindo e reconstruindo
Me jogando inteira no vasto céu
Que me amplia, me possuindo
Refletindo meus anseios ao léu

Se construir e reconstruir
Faz deste mundo algo melhor
Que sacia, põe pra sacudir
Afetando o que temos de pior

Rebuscando lá dentro
Toda gente tem paixão
Tem a alma ardendo

Humanos saturados
Desgastados de solidão
No ponto de serem ousados

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sábado, 17 de janeiro de 2009

LETRAS CRUAS

L evemente apimentadas
E scorridas em água salgada
T antas letras pra salada...
R omânticas ou dramáticas
A zedas e até bombásticas
S ortidos sabores do poema

C om azeite e com carinho
R imando ou devaneando
U ns e outros se deliciam
A migos no banquete
S arau da mesa farta da literatura!

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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009




Desabrochar

Com a rosa colorida simplifico a vida
No instante da partida, o adeus convida
À viagem intradimensional de uma pessoa
Sozinha, viajante de muitos mundos à toa

Como uma flor multicor, num suspiro risonho
Meu percurso por dentro de meu sonho
Exala fragrâncias de descobertas infames
Fios de vida emaranhados em delicados liames

Desabrochar após um período solitário
Mergulhada em mim mesma
É derramar expirações no imaginário

Recordar de um adeus sem dor
Transformada por mim mesma
É lapidar uma jóia de puro amor

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009



TERRA DE DIVERSIDADES

Uma mistura de paz e de guerra
Urbana e rural, índios da terra
Pedem ou gritam por atenção!

Uma mistura de raça e alma
Branca e negra, índios na palma
Da terra fez-se miscigenação!

Brasil, mistura de ódio e amor
Canções e novelas, índios em dor
Sem terra, marcando uma nação!

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009




A caixa de Denise

Dentro da caixa havia
Um pequeno mundo

Mundo feito de conchas
A relíquia de alguém

Alguém guardou com cuidado
Esqueceu como o vento


Vento que viaja sem rumo
E neste mundo se encaixa

Encaixa as conchas da caixa
Em forma de pequeno mundo

Mundo em que Denise se deliciou
Viajando leve como o vento


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Pétalas de amor

São pétalas de flor
Vermelhas de paixão
Cor manifesta de amor

Chove pétalas de amor
Carmim cor vibração
Emoção virada em flor

Nuvens banham a flor
De águas coloração
Pétalas em chuva de amor

Aproveite com deleite, amor
Faz-se rubro teu coração
Inundado pelas cores da flor

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domingo, 11 de janeiro de 2009


PALCO

O artista no palco se acende
Sua casa, seu lugar
Onde sua alma ascende
Seu chão, seu amar

O artista no palco compreende
Os porquês de amar
Refletor nunca surpreende
As razões de seu lugar

O artista no palco sente
Sua missão realizar
Platéia anônima, gente
Que recebe emoções a se derramar!

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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009




Com saudade de casa

Em determinados momentos
A saudade aperta um nó
Em timbre grave: dó
Enlaces vibrando transbordamentos

Nestes momentos de emoção
A saudade faz canção
Desatina a razão sapiente
E acelera o coração carente

Desejo voltar pro meu lugar
Demora nada justa
Sinto a paciência desmoronar

Febril alucinação de retorno
Ansiedade que me custa
Sonidos de um tempo morno

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sábado, 3 de janeiro de 2009



MANDALA VIVA


Espontaneamente estas crianças
Sentaram-se em volta da gravura
Tão viva, tão representativa!


As fagulhas vivas de esperanças
Humanos novinhos na brancura
de alma seguramente altiva!


Imagem que transluz as danças
Da natureza em atividade pura
Tão viva, tão convidativa!


Crianças suas mãos são tranças
De um elo ausente de ranhura
Instrumentos de uma era nativa!


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Sintonia do olhar


No brilho dos meus olhos
Faiscaram alegria
Com a luz do teu olhar
Transpareceu harmonia


Colírio, nos meus olhos
Injetaram calmaria
Com o doce do teu olhar
Renasceu a sintonia

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