segunda-feira, 8 de junho de 2009
Inflama a chama azul
Desandar é verbo sem pensar
É deixar de seguir em linha reta
É fugir regressando ao seu lar
É dormir disperso, não ser correta
Desando quando quero versar
Me embriago na longa espera
Perco o rumo sem saber voltar
Desandar é desistir de ser sincera
Regresso em meu corcel puro
Feito poesia do mais perfeito cordel
Vou trotando e vou seguro
Viajando no atrevido cor de mel
Regressando em dia escuro
Disfarço no atropelo meu
O descaminho de um futuro
E ando agora longe do breu
Torno a acender a chama furtiva
Evoco a flama desse retorno
E assim que ela deixar de ser fugitiva
O combustível se inflama ao entorno
Iluminando a trilha divina
Que é meu viver e trono
Declamo a rima que afina
o fim de meu confuso outono
Anorkinda e André Fernandes
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