A VALSA DAS ESTRELAS
Era um baile infinito
sem começo ou fim
e a dança traduzia o bonito
Astros de todo o firmamento
deleitavam-se em esferas
coroadas de embelezamento
Pares siderais conjugados
valsavam sem pudores
entorpecidos e estrelados
Faiscavam meteoros
sem pausa ou monotonia
e a música saía pelos poros
Deuses de todas hierarquias
aplaudiam-se em sorrisos
encantados com as companhias
Poetas astrais recitavam
os versos ritmados
e todos, afinados, cantavam!
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