PRA SABER QUEM EU SOU
É preciso definir o espaço entre nós, tu e eu...
Que nome dar ao infinito particular?
É preciso andar descalço pelo cosmos subterrâneo
e colher rubras flores astrais, delas fazer um ramalhete perene
e me ofertar na noite clara da terceira lua de Saturno.
Pra saber quem eu sou é melhor que eu desapareça
numa nebulosa azul
para que de meu espectro-lembrança possas absorver a essência,
o perfume, o colorido que eu deixar e assim sentir-me.
Por que traduzir-me? Sou Nada, sou semente
enraizada na flutuação do tempo.
Um dia saberemos conhecer o fluido conjunto que somos,
tu e eu...
Então não teremos mais perguntas a fazer,
seremos as respostas prontas das coisas inexistentes,
faremos prosas lindas nas linhas do rosto,
num tempo incorpóreo e sutil de nosso compartilhar.
É preciso fluir nos humores da correnteza
para que me vejas o brilho dos olhos siderais,
Sírius nascentes a bendizer nossa irmandade.
É preciso esquecer os percalços,
ignorar os seixos pisados e olhar pra dentro de si mesmo,
onde eu estou, imortalizada naquele abraço.
É preciso definir o espaço entre nós, tu e eu...
Que nome dar ao infinito particular?
É preciso andar descalço pelo cosmos subterrâneo
e colher rubras flores astrais, delas fazer um ramalhete perene
e me ofertar na noite clara da terceira lua de Saturno.
Pra saber quem eu sou é melhor que eu desapareça
numa nebulosa azul
para que de meu espectro-lembrança possas absorver a essência,
o perfume, o colorido que eu deixar e assim sentir-me.
Por que traduzir-me? Sou Nada, sou semente
enraizada na flutuação do tempo.
Um dia saberemos conhecer o fluido conjunto que somos,
tu e eu...
Então não teremos mais perguntas a fazer,
seremos as respostas prontas das coisas inexistentes,
faremos prosas lindas nas linhas do rosto,
num tempo incorpóreo e sutil de nosso compartilhar.
É preciso fluir nos humores da correnteza
para que me vejas o brilho dos olhos siderais,
Sírius nascentes a bendizer nossa irmandade.
É preciso esquecer os percalços,
ignorar os seixos pisados e olhar pra dentro de si mesmo,
onde eu estou, imortalizada naquele abraço.
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