REINO POESIA
Naquela época
o Reino da Poesia
estava no comando
de um déspota
Rei Soneto Heróico
unido a sua esposa
Rainha Métrica
e seu método estóico
Silabada poética
era a vã burocracia
cheia de manhas
e despudorada ética
Agrilhoou a Poesia,
Donzela Inspiração,
em contadas sílabas
sem alma ou cortesia
Na torre, prisioneira
do bom e saudoso
Rei Belas-Artes,
sua única herdeira
E pelos salões e jardins
somente nobres gênios
entoavam a fria lírica
do Rei Soneto e afins
As pessoas atordoadas
Sem nada entender
das palavras loucas
pelos campos entoadas
Faziam reverência
obrigatória ao novo
Príncipe Decassílabo
filho de vossa imponência
Jovem poeta solitário
cheio de real garbo
vítima do verso gélido
jamais sonhou solidário
Vivia na dura frieza
do verso encastelado
desfilava junto à plebe
em máscara de beleza
O que nenhum gênio
sabia ou poderia crer
era que Inspiração,
a Donzela sem prêmio
Em noite enluarada
cantava em sua pura
realeza de princesa
a lira mais acalentada
Ao ouvi-la, os poetas
escreviam sofregamente
seus versos metrificados
ânsias de anacoretas
Mas ao silabar as rimas
mais aprisionavam
a musa das noites de lua
e ressecavam as obras-primas
A moça Inspiração,
nos sonhos nobres
do Príncipe Decassílabo
adentrou em visão
Em verso que seduz
Enterneceu ela
O coração principesco,
virgem de toda luz
Verdadeira beleza
e arte poética
ele finalmente
vislumbrou em pureza
E chorou, apaixonado
Decassílabo, esquecido
da burocracia materna
versejou sem o contado
Um amanhecer diferente
clareou o Reino Poesia
Donzela Inspiração
livre de toda corrente
Abraçou seu povo
em exaltação e amor
Casou-se ela com o fiel
Príncipe Verso Novo
Anunciaram a meta
da monarquia poética
onde todo habitante
do Reino será Poeta!
..........
Naquela época
o Reino da Poesia
estava no comando
de um déspota
Rei Soneto Heróico
unido a sua esposa
Rainha Métrica
e seu método estóico
Silabada poética
era a vã burocracia
cheia de manhas
e despudorada ética
Agrilhoou a Poesia,
Donzela Inspiração,
em contadas sílabas
sem alma ou cortesia
Na torre, prisioneira
do bom e saudoso
Rei Belas-Artes,
sua única herdeira
E pelos salões e jardins
somente nobres gênios
entoavam a fria lírica
do Rei Soneto e afins
As pessoas atordoadas
Sem nada entender
das palavras loucas
pelos campos entoadas
Faziam reverência
obrigatória ao novo
Príncipe Decassílabo
filho de vossa imponência
Jovem poeta solitário
cheio de real garbo
vítima do verso gélido
jamais sonhou solidário
Vivia na dura frieza
do verso encastelado
desfilava junto à plebe
em máscara de beleza
O que nenhum gênio
sabia ou poderia crer
era que Inspiração,
a Donzela sem prêmio
Em noite enluarada
cantava em sua pura
realeza de princesa
a lira mais acalentada
Ao ouvi-la, os poetas
escreviam sofregamente
seus versos metrificados
ânsias de anacoretas
Mas ao silabar as rimas
mais aprisionavam
a musa das noites de lua
e ressecavam as obras-primas
A moça Inspiração,
nos sonhos nobres
do Príncipe Decassílabo
adentrou em visão
Em verso que seduz
Enterneceu ela
O coração principesco,
virgem de toda luz
Verdadeira beleza
e arte poética
ele finalmente
vislumbrou em pureza
E chorou, apaixonado
Decassílabo, esquecido
da burocracia materna
versejou sem o contado
Um amanhecer diferente
clareou o Reino Poesia
Donzela Inspiração
livre de toda corrente
Abraçou seu povo
em exaltação e amor
Casou-se ela com o fiel
Príncipe Verso Novo
Anunciaram a meta
da monarquia poética
onde todo habitante
do Reino será Poeta!
..........
2 comentários:
Então é bem por ai... todo o habitante do reino será Poeta!?
Já pensaste o que dirão os já poetas?
Muito bom!
Abraço
Que legal Kinda!!!
Fiquei absorvida nesse teu Reino que nos deixa tão à vontade...
Amei!
Beijo.
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