sexta-feira, 30 de julho de 2010


O TEU SIMPLES SUSSURRAR JÁ ME PROVOCA TENSÃO
Lena Ferreira

O murmúrio que me soa aos ouvidos
TEU tom rouco, forte e quente
SIMPLES como os acordes do violão
SUSSURRAR de uma alma sensível
apaixonada pelos teus sonidos
ME transporta em versos fluentes
PROVOCA meus dons em sofreguidão
TENSÃO de amar todo o indefinível

...

Resgata-me com teu raro beijo...

Coloque em mim o sopro da tua vida
Enlace em mim o fio de tua trilha

Enleva-me a teus delírios doces
Conduza-me a teus timbres sutis

Afogue em mim a dor de tua vida
Libera em mim a pista de tua trilha

Alivie-me em teus tons doces
Livra-me em teus olhos sutis

Ah...resgata-me com teu raro beijo...

..


CAVALO MANCO E SELVAGEM

Veio trotando torto...
O cavalo manco
que era também selvagem

Trouxe o galope manco
o cavalo bronco
que era também coragem

Veio a trote tonto...
O cavalo selvagem
que relinchou contente

Trouxe o galope louco
o cavalo coragem
que cativou toda gente

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quinta-feira, 29 de julho de 2010


LUZ SERENA

D. Serena
serenamente
vinha pelo caminho
de letras e flores
e amores em versos

D. Luz
luzidia
piscou a sua frente
com um sorrisão
e na mão uma rima

D. Serena
luziu
em covinhas
de simpatia

D. Luz
serenou
o coração
de poesia

Luz Serena
é a parceria
de sabores e cores
estelares de emoção

para Lena Ferreira(Sereníssima)


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ALQUIMIA

A ntigos segredos
L evados a sério
Q uerem voltar
U medecendo verdades
I mpossíveis
M inistrando efeitos
I nimagináveis
A rte mágica dos ascetas

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SERENA MADRUGADA


Serena é a temperatura da noite
desliza pelo ar um calor morno
a tempestade que se anuncia
madrugada vai prepará-la
fria tarefa de tremer o dia

Anorkinda

SERENA DESLIZA A MADRUGADA FRIA ... - Lena Ferreira

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sábado, 24 de julho de 2010


AVE PEQUENINA

Ave pequenina e ousada
timidamente apareceu
num Canto Poético
externando anseios

Apareceu varrendo
os erros e medos
e brincou com as letras
percorreu os veios

Ave pequenina e poeta
corajosamente mostrou
numa Ordem Poética
os tabus da feminilidade

Conquistou tecendo
versos e rimas
e convidou a todos
a ensinar-lhe a felicidade

(A Viviane Ramos)

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PEGADAS

P intando aqui e ali
E spalhas teu pisar...
G ato do andar leve.
A mansado teu andar...
D elicias os amigos
A doçando teu miar...
S ujeito sábio em cativar.

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EM CÉU LILÁS

Os lumes quentes
da noite lilás
perturbaram
pequenas estrelas

Fascínios da cor
encantado lilás
enterneceram-se
fugazes planetas

Os perfumes candentes
da invasão lilás
aqueceram
celestes paixões

Delírios de amor
sedutor lilás
namoraram-se
planetas e estrelas

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O OLHAR INFANTIL

O lhos que se perdem no crescer
L evam a vida à ponta de faca.
H armonia torna-se quimera do passado.
A s cotidianas mediocridades
R eduzem o olhar à pequenezas...

I nfância tão sábia no olhar...
N ão pode ser esquecida!
Faz ela, de nossas mesmices
A lgo tão cinzento e sem nexo.
N ão desprezemos seu fluido
T ão inocente e grandioso!
I nfantis divagações e soluções,
L evemos a sério, sejamos mais leves...

...
SÓS

Estamos
sós

emaranhados
em
tantos
nós

roucos
ou
sem
voz

estamos
sempre
sós

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quinta-feira, 22 de julho de 2010


"ÀS VEZES OUÇO PASSAR O VENTO
E SÓ DE OUVIR O VENTO PASSAR
VALE A PENA TER NASCIDO"
FERNANDO PESSOA


O vento

Às portas da felicidade, encontramo-nos...
Vezes sem conta suspiramos por isso.
Ouço a música da brisa fria das estrelas
passar por entre nós, refrescando-nos...
O coração pula do peito, apertado.
Vento,dos meus ais sufocados...

E as lágrimas borbotam aos jorros,
de relembrar o ainda não vivido...
De desejar o retorno daquela paz.
Ouvir toda a melodia em nota alta...
O coração até desanda no peito.
vento que nos leva de volta a nós...
Passar a vida a limpo, sem mais tropeços.

Vale a espera, o caminho e a delícia...
A bronca, a despedida e o soluço.
Pena dos murmúrios perdidos...
Ter sempre em mente nosso elo,
nascido em puro e terno amor.

Anorkinda

quarta-feira, 21 de julho de 2010


FARPAS

"Mudaram-se em farpas, sementes
de fogo, tão pungentes!
Mudaram-se em farpas."
Cecília Meireles

Mudaram-se as palavras ditas
em carinho e amizade...
farpas surgiram no lugar!
Sementes que eram
de calor e sentimento...
Fogo do reencontro
tão esperado...
Pungentes emoções...

Mudaram-se, como ouriço
em espinhos de rancor...
Farpas de proteção e dor!

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CAMINHADA

Assim...assim...
por entre flores
e espinhos

Passo a passo
de mansinho
e a cores

Leve..leve...
caminhada
de carinhos

Mais e mais
devagarinho
e apaixonada...

...

SINGULAR

Quis te devastar
mundos
de singular
substituição

Quis teu mundo
meu singular
substituto
a devastar

Quis a singular
substituição
devastação
de teu mundo

Quis substituir
devastadoramente
teu mundo
singular!

.......

domingo, 18 de julho de 2010


CRIAÇÃO


Água da vida
que gera
que sustenta
que mantém


Terra do seio
do fundo
do Ser
que nos criou


Fogo do princípio
fortalecedor
purificador
que nos sustém


Ar da essência
que nutre
que perpetua
que nos originou


Quatro fundamentais
elementos, a solução


Para melhorar mais
um mundo em evolução


É necessário ser capaz
de retornar à mais pura Criação!

...

A PRINCESINHA DO NARIZ EMPINADO

Cheia de si, ia ela
desfilando pela vida
que por vezes, abusiva,
lhe cobrava pedágio.

Real valor de si, tinha ela
experenciando, atrevida
de tudo o que lhe dava sabor
nesta vida, um estágio.

Voltava para si, a fatia sempre bela
perfumando a trilha vivida
com toda pose de Diva
lhe realçando o fulgor.

Não cabia em si, a estrela
brilhando na constelação da vida
que, por vezes, tal qual uma flor
se doava em gestos de amor.


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CATAVENTO VERMELHO

Mostre-me o vento quente, catavento.
Faça pirraça com o tempo ausente.
Mostre-me o vento vermelho, catavento.
Dê gargalhadas comigo, alegremente.

Vamos correr pelo espaço colorido.
Fazer piada com o vento, catavento.
Vamos brincar como um pássaro atrevido.
Assoviar a canção do tempo, catavento.

Vamos ser felizes, catavento vermelho.

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QUEBRARAM-SE OS CRISTAIS

Lá do tempo da amizade
veio um frescor
anunciando
novidade

Era o sopro da saudade
veio em pé de vento
arrastando
afetividade

Quebraram-se os cristais
a discrepência em
lufada forte
foi demais

Lá dos tempos imortais
a inconstância
dos amores
enviou sinais

de que nada adianta mais!

......

sábado, 17 de julho de 2010


POESIAS

P reencho meus tormentos
O rganizadamente em versos
E ncontro assim algum norte
S ossegado em eventos
I ncrustado de inversos
A paixonados e com sorte
S ugestiono assim meus feitos

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NOVA ARTE

Novas cores
novas vida

Novos amores
novidades

Em novos tempos...
Novas dívidas

Novos sabores
novas sílabas

Nova arte
nova notícia

Em novos sonhos...
novas presenças

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MINHA VIDA DE RAPUNZEL

Minha vida
sempre à espera
da vida
da liberdade
da felicidade

Minha sina
à espera...
de um dia
a tua bondade
e amizade

Minha crença
qe apareça
aquele
que me mereça

Minha paz
meu encanto
meu sonho
meu acalanto!

Anorkinda e Eliane Thomas

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PENSO EM RIMAS

Penso muito
e quando penso
a rima vem

Nada me socorre
então ela escorre
no papel virtual

ou nas folhas
do caderno
moderno

Penso em rimas
e não convém
que as evite

ou a poesia
fica de mal
e vai embora

...

quarta-feira, 14 de julho de 2010


AMO-TE EM SILÊNCIO...


Amo-te em silêncio...
Essa frase é impossível
que eu decifre
que eu diga
que eu realize!


Amo e quando amo
se não falo, engasgo
sufoco
perco o tino
desafino!


Amo-te em barulho
em verso e grito
que me mostra
que me expõe
que me impõe!


Amo e somente amo
em transparência
incoerência
fluência
luminescência!

..

A BRASÍLIA AMARELA DOS MAMONAS

Eles passaram tal estrela cadente
de brilho intenso como o do sol
da cor da brasília, irreverente

Eles encantaram com carisma total
de pura inocência, como crianças
meninos-estrelas de brilho fatal

Hoje eles cantam na lembrança
das risadas leves como farol
que iluminaram almas em dança

Hoje eles dirigem a brasília amarela
das animadas e loucas andanças
que eles curtem no céu das estrelas

.

POR TANTOS CAMINHOS PASSEI...

Já vi azevinhos
e colhi espinhos
pelos caminhos que andei...

Já vivi amores
e colhi lindas flores
pelos caminhos que passei...

Mas nunca um anjo
havia chegado com um beijo
como este que você me deu e eu nem acreditei...


.

quarta-feira, 7 de julho de 2010


OBRA-PRIMA, POESIA!

Mãos à obra-prima
poesia que permeia
toda pulsante veia
que vibra, pulsando rima

Arte independente
poesia que norteia
toda enredante teia
que cresce tecendo vida

Mãos à obra-prima
do poeta que deveras sente
mas nem sempre é condizente
com sua verdade escrita

Mãos à obra-prima
da real(idade) exposta
da sensibilidade explícita
na arte da dor suposta

Anorkinda e Mavie Louzada

..

PAIXÕES

Por que queimam
a gente,
as paixões?

Por que alucinam
a mente
em emoções?

Por que flutuam
tantas
imaginações
no solo fértil
dos corações?

...


NO MILÍMETRO QUE NOS SEPARA CABEM TODOS OS ABISMOS
Carlos Drummond de Andrade

NO vão incompreensível de nós dois,
MILÍMETRO da eternidade de um tempo
QUE não cessa nem ao menos retrocessa...
NOS joga num vácuo poderoso de lamentos
SEPARA nossos corpos, físicos destroços...
CABEM ali, naquele fiapo tempo-espaço
TODOS nossos delírios e deslumbres,
OS universos transponíveis do amor...
ABISMOS nossos de paixão e torpor

...

ANTAGÔNICA


Todo dia de calor
faz frio em minh'alma


Todo tipo de vapor
condensa meus pensamentos


Toda chuva fina
resseca meus sentimentos


Nem todos os mantras
reunidos do mundo
conseguem devolver minha calma!


...

DIAS FRIOS, ESCUROS, CHUVOSOS E TRISTES

Antigas minúcias emergiram em imagens
eram os detalhes das tardes tediosas
de uma infância banal e dengosa

Dias frios, escuros, chuvosos e tristes
na televisão, filmes sem sal
e no papel, frases sem final

Umidade no ar e um cinza vazio
coloria de insatisfação o lugar
e a mãe em companhia ímpar

Lembranças e saudades a voar

....