quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


40 fevereiros

Sob intenso sol,
atabaque de carnaval,
e clima de férias no ar...
Nasci e curti a partir dali
todo aniversário/fevereiro.
Transluzindo por inteiro
minhas vontades pelo ar...
E a sensação de ser daqui,
deste rincão do sul,
visitante sideral.

.

Labirinto de Copas

Por que o ser humano
caiu nesta cilada?
Uma grande enrascada!

Ergueu em copas
as ilusões,
decepções.

Sonhou, fez planos,
escorregou em divagações,
empolgou-se em construções.

Embrenhou-se em labirinto,
emoções, ego e mente,
para complicar a vida, somente.

Mesmo o amor
estando à sua frente,
não lhe é acessível, lamentavelmente.

.

Quem sabe...

Quem sabe, se das alturas
da individualidade humana,
semeando-se amor e carinho,
nasça um pé de linda emoção.

Quem sabe, esta arvorezinha
cresça e em cores calorosas,
abasteça os ares de alegria.

Quem sabe, se dos frutos
da esperança e fé humanas,
produza-se paz e compreensão,
e faça-se disto, exportação.

.
Permissão

Liberdade é jogar
as possibilidades
para o alto
e permitir
o toque
acaso
destino
e sorrir
azul-cobalto
às sincronicidades
de agir e sonhar
.

Minha casinha

A energia me abriga,
acolhe e conforta.
As flores exalam
companhia...

A casinha me abriga,
me abre sua porta.
As luzes estalam
felicidade!


.

Asas do esquecimento

Em fundo azul
voam pássaros
em asas livres,
esquecimentos...

Sobre o mar
voam incólumes,
sem comprometimentos...

Em mundo azul
ecoam cânticos
em vozes livres,
transbordamentos...

Sobre as águas
ecoam marulhos,
são aperfeiçoamentos...
...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012



SONHOS


S igo embarcações
O ndulantes
N avego em mares de 
H álitos dourados
O scilo entre águas de
S ereias fascinantes

.
(catherine-alexandre)


Doido Deus

Dentro de dois dias
Derrubou doze horas
Disfarçou duzentos defeitos
Descortinou dúzias de delírios

Depois disse dez doçuras
Duvidou das delicadas diretrizes
Dobrou deslizes do diagnóstico
Deliciou-se doido, derradeiro

Desfez-se diabólico
Diáfano Deus do dormitório

.

(Pierrot_by_MarkSatchwill)

VIVENDO NO REALISMO!

Olhando para o espelho sem ilusões
posso mascarar minhas emoções?
Posso vestir a máscara do pierrot
e fingir que tudo é tristeza?

Desnuda ante minha essência,
dói a morte da aparência.
Fica o miolo, alma sem dó
e continuo negando a natureza?

Trágico pensamento perdido,
enrola-se em liames, abatido.
Mal-agradecido volta ao pó,
cego ante toda a beleza!

.




INCERTEZAS


I nconfundivelmente,
N a mirada do teu olhar
C laramente verde,
E stive a brilhar.
R uiu-se algo entre nós...
T eus disfarces, hoje,
E scondem-me de ti.
Z unem dissabores,
A rrastando-nos...
S em explicações possíveis.

.



Peço para aprender como ancorar a paz no meu coração e plexo solar a fim de me tornar um instrumento da paz e empunhar a espada da paz que divide o real do irreal.

TEMPLO DA PAZ

Sobre as águas do Hawaii
Um lugar Reina em Luz

Templo da Sabedoria da Paz
Um lugar para meditar

Sobre meu coração
A luz forma um instrumento

Templo de minha Paz
A luz instala-se a me salvar


.




HILARION

Amigo
você está comigo

Em todo
e qualquer modo

Mestre
és meu abrigo

Em dia
de agonia

Amigo
pra estar contigo

Em união
e colaboração

Mestre
eu te sigo

E te ofereço
o meu apreço

.



Nossas Pétalas

Colham as minhas pétalas que deixei voar...
e as deixem na beira de um remanso
onde passarinhos possam lê-las...

Escolham as verdes paisagens a brilhar...
e convoquem os seres do tempo
para que traduzam estrelas...

Sondem os pensamentos dos anjos
e adentrem tranquilos neste jardim
onde o amor reina em voos brandos

Escondem a neblina nos beijos
e inundem com puros perfumes
para que em luz amanheçamos

Anorkinda e Márcia Poesia de Sá
..



Vazias, verdadeiras...

Vítimas vazias
Vislumbram
Volteiam
Vagam vorazes
Vasculhando
Ventres velhos
Vontades vis
Vertendo veias
Voláteis
Veludos vermelhos
Vulgarizam
Vitórias verdadeiras

.


NOSSA MÚSICA


N a alma toca a melodia
O uço o sonido da alegria
S into o leve compasso
S acudindo o cansaço
A sincrônica harmonia


M inha dança alucinada
Ú ltimo aprendido passo
S ingelo sorriso que disfarças
I mita a emoção que traço
C om pernas curtas encabulada
A lgum ritmo de garças...

.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


Quimera

Era dia claro, perfeito para a cerimônia
Na entrada, um clarão, como um portal
Anunciava boa sorte, amor e felicidade

Dedicamo-nos um ao outro, sem parcimônia
No peito, o mesmo anseio, o veio principal
Quimera, alcançarmos o amor-imortalidade

Mas não desistimos e prosseguimos

desfazendo cada nó, onde nos abstraímos

.

Querência

A títulos de amizade
eu lhe vendi meu coração

Não apliquei cobranças
em promissórias de amor

Apenas perfumei
com essência de bem-me-quer

A querência deste mister

.

(GRACIELA BELLO)


Oração poética

Que a esperança
continue a deslizar...
Suavemente poesia.

Que a alegria
acompanhe a segurar-se
firmemente durante a dança...
Equilíbrios de criança.

Que a inocência
continue a piscar...
Brilhantemente poesia.

Que a fantasia
acompanhe a recriar-se
constantemente em fluência...
Corajosa assistência.

.
(mandala de Marcelo Dalla)

Brasil!

Abençoada natureza
símbolo no bico
alaranjado do tucano

Herança indígena
nas palavras
língua e traços

Agraciada beleza
círculo da vida
compartilhado na mandala

Esperança moderna
nos gritos
comícios e sinetaços
.

JAMAIS DESAFINE!

J unte duas ou mais notas
A quelas que tocam teu coração
M isture a elas palavras doces
A s mais doces que achar
I nteligentes também
S erão temperos especiais

D oe esta mistura aos amigos
E spere que o resultado amanheça
S ossegado, sem pressa
A comode-se a um canto
F inja estar absorto em sonhos
I nicie um dueto com as almas
N uas que dançam sua canção
E eternize assim, sua passagem por aqui!

.

A Vovó de hoje em dia

Faz tricô no vídeo-game
Conta quantos pontos
precisa para ganhar
uma vida e mais um bônus

A vovó de hoje em dia
Não faz ponto-oito
ela vai de ponto-malha
no controle mais afoito

Esquece o chá das cinco
Não fofoca da vizinha
dispensa as novelas
pra tricotar na telinha

A vovó de hoje em dia
Compete com a ciência
ela vai se divertindo
a caminho da sapiência

.

O poeta

O poeta imita
a natureza
a beleza
a grandeza
de um gesto

O poeta incita
à candura
à procura
à postura
mais aberta

O poeta indica
um caminho
um carinho
um cadinho
de compreensão

O poeta excita
o pensamento
o momento
o sentimento
mais esteta

.

Redescoberta

Descobriu-se
depois
de um tempo
longo.
Redefiniu-se
após
uma jornada
longa.
Denunciou-se
antes
que o tempo
cobrasse.
Relembrou-se
avulsa
em cada
impasse.

.