terça-feira, 2 de novembro de 2010



O CHEIRO DA VERDADE


Meu corpo não tem o perfume dos frascos
Mas traz o ardor da natureza
Minha voz não tem a delicadeza dos pássaros
Mas soa no fragor humano


Minha verdade não tem a fragrância mais deliciosa
Às vezes ela cheira mal
Meu discurso não tem o sonido doce das flautas
Às vezes ele urra num bramido


Nem sempre é possível disfarçar o natural
com as ilusões do superficial
Nem sempre é preferível esconder-se do medo
com subterfúgios e arremedos


Mas sempre a coragem pode aprimorar a dor
e convertê-la num ato de amor!

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