domingo, 1 de maio de 2011


A Rosa manhosa da rima

Mesmo possuindo a cor mais charmosa
e toda a poesia a seus pés
a Rosa era atrevida e manhosa

Vivia sorrindo, sedução à flora
corrompia os versos mais fiéis
a Rosa era da rima, a Senhora

Mesmo saindo de braço dado
com o verbete, amigo de fé
a Rosa era de um arrojo danado

Vivia caindo no erro inocente
de perfumar seus papéis
a Rosa era sabida mas incoerente

Mesmo sabendo o quanto era majestosa
confundia a rima do quebrado pé
a Rosa era demasiado teimosa

Vivia recebendo muitos e bons conselhos
da inspiração, moradora dos vergéis
a Rosa era carente de espelhos

Mesmo parindo poemas profundos
de iluminar em luz e fé
a Rosa era musa dos giramundos

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