quinta-feira, 2 de junho de 2011


No meu retrato não vês

Diverso do que vês no meu retrato
que nem na parede estará
Eu me faço nuvem, ousadia de voar
Isto a lente não captará

Diferente do que aparece naquela foto
que nem ao futuro ficará
Eu me faço árvore, necessidade de enraizar
Isto o foco não definirá

Como arte da natureza, traço
o risco que me definirá
Mas também disto a máquina
de mim, não saberá

Como parte do mundo, marco
o ponto que me formará
Têxtil destino nos franzidos
da vida que me subordinará

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