sábado, 11 de outubro de 2008

A CONQUISTA

Parece estranho, mas é isso mesmo...
Eu não era nada mais que uma lesma.
Lentamente me arrastava por este solo
E nada de bonito encontrava para meu consolo.

Como eu desejava sair desta dimensão...
De não estar em tão baixa situação.
Eis que uma fadinha sussurrou-me:
- Não precisas continuar com esta tristeza sem nome.

Um antigo segredo ela me revelou...
E num humilde caracol ela me transformou.
Agora levava eu eu trabalho duro:
Já podia esperar por um belo futuro!

Aquela concha nas costas pesava...
Porém, com ela eu marchava
A rastejos largos em direção
A uma outra transformação!

Então, num casulo me fechei
E ali, na escura solidão, asas eu criei.
E quando senti que era chegada minha hora
Como borboleta nasci e fui embora!

Minha percepção mudara, onde estava aquele velho mundo?
Minha vida se revelara num sentimento profundo.
E voei. No alto, no baixo, no colorido e no sem cor
Conhecendo outros ângulos, com olhos de amor.

E no meu vôo, minha beleza não vi
Mas nas lesmas, lá embaixo, percebi
Um inquieto desejo de voar assim:
-Venham amigas, pra perto de mim!

........................

4 comentários:

Elizabeth F. de Oliveira disse...

Esse poema não deixa de ser uma metáfora de nós mesmas, ansiando por transformações.
beijo grande

ANORKINDA NEIDE disse...

Sim, linda, é isso mesmo!!

David Monsores disse...

Muitos podem voar, porém ainda não têm asas!

Gostei do Blog, vou ficar!

BeijO!

Anônimo disse...

Kindinha

Posso ver o colorido das tuas asas derramado por entre as letras...
Posso sentir o bater dessas tuas asinhas à encontrar as rimas...
Feliz e alegre por entre as flores:
És a própria borboleta!!! :D