terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ruborizando rimas

O poema defasado
não esquece do passado
E teima silabado

Rimas ricas e esnobes
Riem amarelo aos pobres
E julgam-se nobres

Escondo meu teclado
No virtual livro digitado
E provoco o inusitado

Simulo um soneto
Em verso discreto
E chamo um dueto

Assopro as rimas
Com bobas pantomimas
E maculo as obras-primas

O poema cansado
com o olho arregalado
E em transe assustado

Vê a rima desmaiada
Em face ruborizada
E de todo, desacreditada

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